Novas Terapias para tratamento da DMRI Úmida

A DMRI (degeneração macular relacionada à idade) forma úmida ou exsudativa, é subtipo da doença em que ocorre a formação de membrana neovascular (vaso novo e anômalo) que libera sangue e líquido para dentro da retina, causando edema na mácula. A mácula é nossa região principal da visão, assim, com o desenvolvimento da doença podemos apresentar baixa visual associada à distorção das imagens.

Felizmente, nos últimos anos tivemos grandes avanços no tratamento desta doença por meio das injeções intravítreas de medicação antiangiogênica. Essas medicações têm a função de secar o líquido e sangue da retina e inativar a membrana, consequentemente melhorar a visão e estabilizar a doença.

As medicações mais usadas no mercado são o Ranibizumab (Lucentis), Aflibercept (Eylea) e Bevacizumab (Avastim). Essas medicações são feitas por meio de injeções intraoculares/intravítreas de forma mensal até a resolução completa do caso. Sua continuidade ao tratamento será feita de forma individualizada.

Novo integrante no mercado brasileiro, o Faricimabe (Vabysmo) também com ação antiangiogênica e agora com ação através da inibiação do Ang-2, se mostrou seguro e com eficácia no tratamento da degeneração úmida.

Recentemente foi lançada uma nova terapia chamada EYP -1901 da empresa EyePont Farmaceuticals e o AXPAXLI desenvolvido pela Ocular Therapeutix que trazem o diferencial de dispositivos com liberação intravítrea de forma lenta e mais duradoura, reduzindo assim o número e frequência das aplicações, podendo no futuro melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Porem essas medicações ainda estão em estudos e não foram liberadas para comercialização no Brasil.

Também visando o futuro, a terapia gênica está em franco andamento para tentar corrigir as mutações genéticas associadas à doença. Essa terapia tem função de tratar causa subjacente da doença ao em vez dos sintomas apenas. Muitas empresas como a PusleSight , 4D Molecular Therapeutics, ABBV- RGX-314 estão em distintas fases de desenvolvimento e testes, porém ainda não podem ser usadas na prática clínica.

É com muita satisfação que o campo da pesquisa na DMRI está em franco desenvolvimento, com grandes pesquisas no tratamento, visando a prevenção, melhor recuperação visual e qualidade de vida ao paciente.

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